Farmacovigilância: o guardião da segurança dos medicamentos

Robert Nilo
Robert Nilo
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Bozidar Kapetanovic

Como comenta o expert e fundador Bozidar Kapetanovic, a farmacovigilância é um campo crucial dentro da saúde pública, focado no monitoramento da segurança de medicamentos após sua liberação no mercado. Seu principal objetivo é detectar, avaliar e prevenir eventos adversos relacionados ao uso de fármacos, garantindo que os benefícios superem os riscos. 

Saiba o que é farmacovigilância, como ela funciona e sua importância para a saúde pública.

O que é farmacovigilância?

A farmacovigilância é o processo de monitoramento da segurança de medicamentos, que envolve a coleta, análise e interpretação de dados sobre eventos adversos e reações indesejadas. Essa atividade é realizada por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, que têm a responsabilidade de garantir que os medicamentos comercializados sejam seguros e eficazes. 

Assim como pontua Bozidar Kapetanovic, os profissionais de saúde, pacientes e fabricantes de medicamentos têm um papel importante no processo de farmacovigilância. Médicos e farmacêuticos, por exemplo, são incentivados a relatar quaisquer reações adversas que observem durante o tratamento. Esses relatos ajudam a construir um banco de dados robusto que pode ser analisado para determinar a relação entre um medicamento e seus efeitos colaterais.

Como a farmacovigilância pode melhorar a segurança no uso de medicamentos?

Como alude o expert Bozidar Kapetanovic, o impacto da farmacovigilância na saúde pública é significativo, uma vez que contribui para a melhoria da segurança do uso de medicamentos. Quando eventos adversos são identificados e comunicados rapidamente, é possível tomar medidas imediatas para proteger os pacientes. Isso pode incluir a atualização das bulas com informações sobre os riscos, a implementação de campanhas de conscientização ou a restrição do uso de certos medicamentos em populações específicas.

Além disso, a farmacovigilância é fundamental para a promoção de práticas de prescrição mais seguras. Com a análise dos dados coletados, os órgãos de saúde podem emitir orientações para profissionais, ajudando a evitar a utilização inadequada de medicamentos. Isso é particularmente importante em condições em que há polimedicação, ou seja, o uso de múltiplos medicamentos por um único paciente, que aumenta o risco de interações e efeitos colaterais.

Quais são os principais desafios enfrentados na farmacovigilância hoje? 

Apesar de sua importância, a farmacovigilância enfrenta desafios significativos. A subnotificação de eventos adversos é um dos principais problemas, já que muitos profissionais de saúde e pacientes não reportam reações indesejadas. Para melhorar essa situação, é crucial promover uma cultura de transparência e incentivar todos os envolvidos a participar ativamente do processo de farmacovigilância.

Outro desafio é a análise e interpretação dos grandes volumes de dados gerados. Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos registros médicos, a quantidade de informações disponíveis aumentou exponencialmente. A utilização de técnicas de big data e inteligência artificial pode ser uma solução promissora para filtrar e analisar essas informações de maneira eficiente, permitindo uma identificação mais rápida de problemas de segurança.

Por fim, como expõe o fundador Bozidar Kapetanovic, o futuro da farmacovigilância também está se movendo em direção à personalização do tratamento. Com o avanço da medicina de precisão e o uso de biomarcadores, será possível monitorar a segurança dos medicamentos de forma mais individualizada, adaptando as intervenções de acordo com as características específicas de cada paciente. Isso não apenas melhorará a segurança do uso de medicamentos, mas também contribuirá para a eficácia dos tratamentos.

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